Orixás

Orixás

A exposição "Orixás" foi inaugurada no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), em Porto Alegre, em junho de 2023. Ela ficará em exibição até outubro do mesmo ano, simultaneamente à exposição "Todos Iguais, Todos Diferentes?", que apresenta retratos produzidos por Verger em mais de 20 países dos cinco continentes. Ambas as exposições ocupam todo o 1º andar expositivo do museu (Pinacotecas e sala Aldo Locatelli).
A exposição “Orixás” reúne uma seleção de fotografias ampliadas em grande formato, apresentando fragmentos do trabalho fotográfico produzido por Pierre Fatumbi Verger e publicado no livro “Orixás: Deuses Iorubás da África e no Novo Mundo”, editado inicialmente em 1981 pela editora Corrupio e reeditado em 2018 pela Fundação Pierre Verger.
Este livro, considerado pela Folha de São Paulo como um dos 200 livros mais importantes para entender o Brasil, reúne as pesquisas de Verger sobre a história e mitologia dos orixás nas religiões afro-brasileiras, especialmente em Salvador, Bahia. Ele também destaca a origem desses rituais na cultura e mitologia dos iorubás africanos em países como Nigéria, Daomé (atual Benin) e Togo.
Pierre Fatumbi Verger focou seu trabalho especificamente no candomblé Nagô-Ketu, forma de culto que tem sua origem nos países do Golfo do Benim. Ele realizou inúmeras viagens entre a Bahia e essa região, nos anos de 1948 a 1978, tornando-se um importante mensageiro entre esses dois mundos.

Além das fotografias, a exposição também contará com o depoimento de Mãe Stella Oxóssi, ialorixá do terreiro Ilê Axe Opô Afonjá, terreiro que Verger era pessoalmente vinculado. O texto também introduz o livro “Orixás”.
Nascido como Pierre Edouard Leopold Verger, ao descobrir Salvador e as regiões africanas de onde nascem essas matrizes afro-baianas, foi atraído e tomado por esse Axé, tornando-se um adepto desses cultos e recebendo um novo nome: Fatumbi.
A exposição de fotografias Fatumbi é informativa e poética, proporcionando uma descoberta sobre a religião e suas raízes, além de uma viagem ao mundo onírico buscado por Pierre Verger em sua obra.