Todos Iguais, Todos Diferentes? no Museu de Arte de Rio Grande do Sul de Porto Alegre
A exposição "Todos Iguais, Todos Diferentes?" estreou no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), em Porto Alegre, em 24 de junho de 2023 e ficará em cartaz até outubro do mesmo ano. Ela ficará em exibição até outubro do mesmo ano, simultaneamente à exposição "Orixás", que apresenta fotografias que compõem o livro homônimo de Pierre Fatumbi Verger, reeditado pela Fundação Pierre Verger em 2018, e que apresenta o resultado de suas pesquisas sobre as influências culturais e religiosas recíprocas entre África e América. Ambas as exposições ocupam todo o 1º andar expositivo do museu (Pinacotecas e sala Aldo Locatelli).
A exposição “Todos iguais, todos diferentes?” exibida no MARGS segue a releitura proposta e apresentada no contexto de sua exibição no MAR, no Rio de Janeiro. A mostra apresenta as 50 fotografias de 1x1 m, 10 ampliações de 50x50 cm, além de placas de contato originais, de 32x24 cm, com 12 retratos em cada uma e uma projeção baseada em centenas de retratos realizados por Verger, exibida com a narração da Declaração Universal dos Direitos Humanos, declaração que delineia a proteção universal dos direitos humanos básicos, adotada pela Organização das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948.
Dentre as atividades educativas programadas, encontra-se a oficina "Fotografia alternativa no jardim de Verger", que aborda a técnica fotográfica alternativa da fototipia. Nessa técnica, a imagem é revelada pela ação do sol sobre pigmentos fotossensíveis extraídos de vegetais, como folhas, flores, frutos e sementes, degradando-os. A oficina será conduzida por Carmem Salazar no dia XXXXXX, como parte da 2ª edição do Programa Público "Oficinas de criação", que tem como objetivo proporcionar experiências ou introduções a práticas e técnicas artísticas em diálogo com obras do Acervo Artístico do MARGS ou em exibição.
Como se sabe, Verger iniciou sua carreira como Babalaô e aprendeu a medicina Iorubá, fazendo receitas com as plantas que cultivava em seu jardim. Ele coletou centenas de receitas e encantamentos ao longo da vida, publicando-os no livro "Ewé: o uso das plantas na sociedade Iorubá", em 1995. A oficina de fototipia, portanto, mescla dois interesses de Verger: a técnica fotográfica e o cultivo de plantas.
A exposição foi patrocinada pelo Grupo GPS, através da Lei Rouanet.