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Apresentação e objetivos

O projeto Memórias de Pierre Verger, que foi iniciado em 2011 e finalizado em 2015, graças ao patrocínio da Petrobras e da Odebrecht através da Lei Rouanet, conclui a organização e a preservação do acervo fotográfico da Fundação Pierre Verger através da digitalização integral dos mais de 60.000 negativos do seu acervo. O projeto foi acompanhado da exposição As Aventuras de Pierre Verger, em Salvador e São Paulo, e da publicação do livro Memórias de Pierre Verger, ambos no ano de 2015.

Apresentação

Quando Pierre Verger criou a Fundação (1988), o seu amplo acervo, composto de arquivos fotográficos, documentais e bibliográficos, foram reunidos em sua casa. Os negativos foram guardados em caixas de madeira e as ampliações, as quais ele dava menos importância, foram guardadas em pastas avulsas, gavetas e embaixo de armários. No ano 2000 o projeto Une mémoire enfouie permitiu inventariar, reclassificar e guardar, de forma provisória, todo o seu conjunto de documentos (negativos, ampliações e correspondências). Neste projeto foi criado também um banco de dados, o qual permite consultar a obra de Verger integralmente.
Quanto as suas fotos, Verger guardou mais de mais de 62.000 negativos e cerca de 8.000 ampliações de fotografias tiradas a partir do ano de 1932 até o final dos anos 70, quando ele parou de fotografar. No acervo há fotos tiradas nos cinco continentes, sendo as fotos tiradas no Brasil e na África em maior quantidade. A maior parte desses negativos se encontra em bom estado de conservação, mas uma parte já apresenta sinais de degradação. As ampliações apresentam ainda mais as interferências do clima e do tempo - inúmeras já estão cobertas por manchas e mofos, com marcas amareladas e de dobraduras, necessitando, portanto, de um trabalho de restauração.

Objetivo Geral

O objetivo geral deste projeto consistiu na criação de um arquivo digital de backup de cada um dos 62.000 negativos presentes da Fundação Pierre Verger, além da restauração de 500 negativos danificados e no acondicionamento de cerca de 8.000 ampliações já existentes. A digitalização dos negativos apresentou três objetivos principais:

  • Obtençaõ de uma duplicata do negativo para, caso haja uma perda do original, manter uma cópia digital da fotografia e, assim, poder dar continuidade à exposição e exploração da obra de Verger.
  • Ter um arquivo digital apto para a exploração da imagem em qualquer mídia (especialmente jornais, livros, sites de internet e obras audiovisuais). Atualmente, começa-se também a se realizar ampliações digitais para exposição a partir de negativos digitalizados.
  • Reduzir a incidência do manuseio direto do negativo original.
  • Promover a melhor conservação deste acervo, tendo em vista que, na medida em que novas técnicas de impressões digitais forem introduzidas e acessíveis no Brasil, a utilização do negativo original fique restrita apenas à realização de cópias destinadas a serem vendidas no mercado de arte, reduzindo a manipulação dessas em cerca de 90%. Entretanto, nosso objetivo principal na duplicação dos negativos é poder ter um arquivo de segurança, evitando o desaparecimento desse documento único.

Objetivos Específicos

As tarefas necessárias à consecução do projeto de recuperação, que foram realizadas simultaneamente, podem ser divididas em quatro linhas de frente:

  • Preparação do ambiente de trabalho;
  • Digitalização dos 62.000 negativos do acervo em alta resolução;
  • Restauração dos cerca de 500 negativos danificados;
  • Acondicionamento de cerca de 8.000 ampliações.
  • Publicação de livro Memórias de Pierre Verger no final do projeto, com uma descrição do acervo fotográfico de Pierre Verger, mostrando o trabalho realizado e destacando a importância da conservação do patrimônio cultural de forma geral e do patrimônio específico deixado por Pierre Verger.
  • Distribuição do catálogo para bibliotecas de universidades, instituições ligadas à arte e escola públicas.