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Entre o Aiyê e o Orum

entre o aiye e o orum

Os mistérios que existem entre o céu e a terra foram o tema da exposição Entre o Aiyê e o Orum que ficou em cartaz de 10 de outubro até dia 10 de novembro na Caixa Cultural Salvador. Com curadoria de Thais Darzé, a mostra foi inspirada na mitologia africana, nos ritos do sagrado e nos mitos da criação do mundo na visão afro-brasileira.

Entre o Aiyê e o Orum contou com uma seleção de artistas que trazem em suas obras o sagrado de matriz africana. São eles: Aguinaldo dos Santos, Carybé, Mario Cravo Junior, Mario Cravo Neto, Mestre Didi, Pierre Verger, Rubem Valentim, Ayrson Heráclito, Caetano Dias, Emanuel Araújo, J. Cunha, Jayme Figura, José Adário e Nadia Taquary.

São Lugares, emblemas de beleza, memórias, que emergem numa escrita artística, feita de fragmentos. Assim se fala de parte da origem cultural baiana, de nossa formação histórica. Experiências que a arte só faz transfundir e sublimar, sintetizando os impulsos de interioridade. A palavra sagrado é sempre ligada a uma religião ou crença, seja ela qual for. Tudo que está relacionado à divindade e culto costuma referir-se ao termo sagrado.

Num mesmo espaço, destaca-se a diversidade de suportes e técnicas apresentadas. Entre os expositores destacam-se os que vivenciaram a crença e a transmitiram em seus trabalhos. Os credos e o modo de viver pontuaram suas vidas.

Mestre Didi recebeu diversos títulos e cargos sacerdotais da hierarquia religiosa de origem africana. Seus trabalhos são inspirados na natureza, em relações simbólicas e míticas. Rubem Valentim foi Ogã do Ilê Axé Opô Afonjá, construiu seu caminho calcado na memória atávica das raízes africanas.

Pierre Verger foi fotógrafo, etnólogo, antropólogo e pesquisador. Francês, viveu grande parte de sua vida em Salvador, fotografando, voltando seu olhar, especialmente, para os aspectos religiosos do candomblé. Argentino, Carybé conheceu Salvador em 1944. Em 1950, fixou-se na cidade e logo se interessa pela religiosidade e cultura locais ligadas ao candomblé. Conquistou por mérito do seu trabalho, o título de honra Obá de Xangô do Ilê Axé Opô Afonjá.

A expo é plural de extremo interesse na visualidade narrativa afro-brasileira.

Fonte: Correio.

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ExposiçãoEntre o Aiyê e o Orum
Local: Caixa Cultural Salvador.
Endereço: Rua Carlos Gomes, 57 - Centro, Salvador/BA.
Inauguração09 de outubro de 2019, 19 horas.
Visitação: 10 de outubro a 10 de novembro de 2019.